O WEP foi introduzido em 1997 como parte do padrão 802.11 Wi-Fi original; foi substituído em 2003 pelo Wi-Fi Protected Access (WPA), que usou o mecanismo TKIP para reforçar a segurança. Enquanto isso, o TKIP tornou-se menos comum no WPA2 (lançado em 2004) e é inexistente no WPA3 (lançado no ano passado).

Os dois protocolos mais antigos têm falhas conhecidas que permitem a fácil descriptografia e ainda estão presentes em redes Wi-Fi mais antigas. Isso faz com que os ataques sejam muito mais eficazes.

Sivan Tehila, diretor de arquitetura de soluções do Perimeter 81, disse que a mudança é boa, já que os detalhes da segurança do Wi-Fi não são necessariamente de conhecimento comum - o usuário médio de Wi-Fi não saberia como examinar uma rede pública para o tipo de segurança que usa.

"À medida que os funcionários se tornam mais móveis, eles usam o Wi-Fi com mais frequência e, na maioria das vezes, não estão cientes dos riscos", disse ela. "Enquanto isso, os criminosos usam o Wi-Fi como uma das principais forma de ataque, explorando a fraca segurança das antigas tecnologias Wi-Fi", completou.

Isso pode ter sérias repercussões para as empresas. Dispositivos que são comprometidos em um hotspot público (em um aeroporto, digamos, ou em um café) podem levar uma infecção para uma rede corporativa, quando se conectam a aplicativos corporativos na nuvem ou à LAN da empresa, segundo Patrick Hevesi, diretor sênior. analista da Gartner.

"Digamos que o dispositivo seja infectado [com malware] e você entre em sua organização", disse ele durante um seminário on-line." Você entra na VPN e acessa o Wi-Fi corporativo. Então conecta o dispositivo através de um USB no seu PC ou Mac. Os hackers estão tentando monitorar esses diferentes aspectos [e conexões], para possivelmente entrar em sua organização também.”

Para usuários que recebem a nova notificação de alerta Wi-Fi em um espaço público, a Microsoft aconselha que se desconecte da rede Wi-Fi e procure outras opções (os usuários podem se conectar a uma rede diferente ou talvez rotear o 4G do celular). Para usuários domésticos, "considere mudar o tipo de segurança que seu roteador ou ponto de acesso usa", disse a Microsoft.

Terence Jackson, CISO da Thycotic, disse que aumentar a consciência do risco de se conectar ao Wi-Fi usando protocolos legados é obviamente um passo positivo, mas não é suficiente.

"Os usuários ainda devem estar cientes da necessidade de ainda exercer uma boa higiene cibernética ao se conectar a redes Wi-Fi abertas", disse Jackson. "Só porque sua rede está usando padrões atualizados, isso não significa automaticamente que seja seguro."

Tehila observou que as empresas também devem estar atentas e não fazer uso de protocolos de autenticação desatualizados.

"As organizações têm a responsabilidade de criar ambientes sem fio confiáveis, protegendo seus funcionários e clientes de hackers que possam facilmente explorar a segurança fraca ou inexistente de redes Wi-Fi tradicionais e antigas", disse ela. "As equipes de segurança precisam incluir em sua estratégia de segurança cibernética a implementação de tecnologias de segurança Wi-Fi atualizadas, aplicando atualizações em seus sistemas com frequência e treinando os funcionários para estarem mais conscientes dos riscos do Wi-Fi."