O Google admitiu que algumas das senhas de seus clientes corporativos foram erroneamente armazenadas em texto simples, em um problema de segurança que passou despercebido por 14 anos.

A vice-presidente de engenharia da gigante de tecnologia, Suzanne Frey, explicou que o problema ocorreu quando introduziu uma nova maneira de os administradores de domínio do G Suite enviarem e definirem manualmente novas senhas para seus funcionários, para ajudar na integração e na recuperação da conta.

“Ocorreu um erro ao implementar essa funcionalidade em 2005: o console de administração armazenou uma cópia da senha sem hash. Essa prática não correspondeu aos nossos padrões”, acrescentou ela.

“Para ser claro, essas senhas permaneceram em nossa infraestrutura criptografada segura. Este problema foi corrigido e não vimos nenhuma evidência de acesso indevido ou uso indevido das senhas afetadas.”

Não está claro exatamente quantos usuários foram afetados por essa confusão de segurança: o Google diria apenas que se relaciona a um cliente de "subconjunto do G Suite". Nenhuma conta de usuários comuns do Google foi afetada.

A equipe de Frey também identificou um problema de segurança separado, mas semelhante, que vinha desde o início deste ano.

"Enquanto resolvíamos os novos fluxos de inscrição de clientes do G Suite, descobrimos que, a partir de janeiro de 2019, armazenamos inadvertidamente um subconjunto de senhas sem hash em nossa infraestrutura criptografada segura", explicou ela.

“Essas senhas foram armazenadas por no máximo 14 dias. Esse problema foi corrigido e, novamente, não vimos nenhuma evidência de acesso indevido ou uso indevido das senhas afetadas. Continuaremos com nossas auditorias de segurança para garantir que isso seja um incidente isolado”.

Todos os administradores do G Suite afetados por esses problemas foram notificados, e o Google disse que redefiniria as senhas em qualquer conta afetada em que a ação não fosse executada.

Facebook, Twitter e GitHub admitiram ter armazenado senhas de usuários em texto simples no ano passado. No caso do Facebook , acredita-se que centenas de milhões de usuários tenham sido afetados.